Lembrei

Ouvi uma discussão na rádio 97FM (programa Estádio 97, São Paulo) e percebi o nível de conhecimento dos comentaristas esportivos, que se dizem jornalistas diplomados.

Discutiam sobre uma publicação do jornal esportivo Marca Brasil do dia 07/05, que apontava Marcos Assunção como delator do Palestra. Ele seria o homem de confiança de Felipinho e do presidente Arnaldo meu Deus  Tirone. Foi o que a matéria insinuou, citando comentários de jogadores não identificados.

O comentarista palestrino Domenico, indignado com a notícia, comentava que Marcos Ancião deveria processar o jornal, pois haviam lhe atribuído uma alcunha com repercussões muito negativas no futebol (no corintianês, “cê é cagueta, mano, excramação”).

Eis que Sombra, o comentarista sãopaulino, que tem juntado dinheiro para comprar a verdade, soltou a pérola: “não dá para processar pois a lei permite o sigilo da fonte”.

Meu Deus. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Sigilo da fonte é um direito do jornalista. Um direito a não revelar a identificação do alcaguete.

Agora, por óbvio, se um jornalista publica algo que não condiz com a verdade, é responsável por eventuais danos morais gerados pela notícia. Elementar.

Que eu saiba, não consta no Código Civil “Salvo jornalistas, aquele que causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

O pior foi ouvir Domenico e os demais concordarem.

Por Primo Argentino, amanhã tem mais Palmeiras

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