Melhor vender logo

Na última semana, estive em Madrid de vacaciones.

Todos os dias, lia a capa dos jornais esportivos AS e Mundo Deportivo. O tema Neymar era diário. Foi capa inteira de sábado, dia 09. É chamado de “crack” pelos periodistas. Num primeiro momento, fiquei em dúvida se estavam falando de Adriano, Jobson ou Rafael Pilha. Mas não, era de Neymar mesmo.

Deram detalhes do negócio. Sonda com 40%, Wagner Ribeiro com 10%, e Santos com outra metade. Multa de $ 44 milhões de euros. Para quem acabou de contratar o lateral esquerdo Coentrao (que de início, será reserva) por 30, o valor não é muito alto.

Ninguém comenta o que Neymar já fez ou deixou de fazer. Ele é tratado pela imprensa brasileira como uma estrela, o que bastou para o Real se interessar por ele. A discrição na Copa América na vai mudar nada, é o que parece. Mas passar em branco pode servir ao menos para uma bela redução no preço.

Se eu fosse o Santos, venderia já. Com $ 50 milhões de reais na mão, já podem pagar uma parte da dívida que possuem com o Marcelo Teixeira.

E o Ganso? Não ouvi falar. Aliás, quando voltei, nem lembrava que ele existia. Acho que perderam o timing da venda.

Fui fazer o Tour Bernabeu. 16 euros para por o pé. Muita gente. No museu, vi muita coisa sobre Ferenc Puskás, Hugo Sanchez e  Zidane. Um pouco sobre Ronaldo e Roberto Carlos (sim, pouco, pois não há sequer um poster isolado deles). Até de César Prates vi. Mas nada sobre Robinho. Acho que eles nem se lembram mais do reserva do Jadson. Que fase. Meu Deus.

Ah, durante todos os dias eu perguntei sobre o Flamengo. Por mais que eu explicasse que era um clube de futebol brasileiro, que tinha mais torcedor que a população espanhola, onde jogou Zico, etc, ninguém esboçou sequer um “claro” ou “vale“. Os que fizeram um sinal de positivo confundiram com o flamenco. Povo desinformado.

Por Primo Argentino, 44 graus em Sevilla, é mole?

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